- Autoria:Thais Lazzeri
Quem já não ouviu reclamações do filho que têm de fazer lição de casa? Falta de vontade, cansaço, vontade de brincar, dormir. Esses sinais podem ser mais que meras desculpas para burlar a lição. Pode ser um sinal de que, realmente, o modo como a escola está lidando com a tarefa de casa não é tão estimulante assim.
Uma pesquisa da Metlife sobre a experiência da lição de casa, realizada com professores, pais e alunos norte-americanos, mostrou que a maioria do grupo considera a tarefa importante. Ao todo, 3.602 pessoas foram entrevistadas virtualmente. Três quartos dos alunos fazem lição ao menos três vezes por semana e gastam, em média, 30 minutos para finalizá-las. Eles também estabeleceram uma comparação com o ano de 1987 e, felizmente, o resultado também foi positivo. O dobro dos professores classifica a qualidade da lição fornecida pela escola como excelente.
Aqui no Brasil não há pesquisas sobre o assunto, mas o tema é dúvida de todas as pessoas que, de alguma maneira, estão envolvidas com o processo de aprendizagem. Para Mauro Lopes da Fonseca, professor de geografia do Colégio Alicerce (SP), a lição tem de ser atrativa e motivadora. “Ela serve como um termômetro para a avaliação das aulas em classe. O desempenho do estudante mostra o quanto ele está integrado em classe ou em quais pontos precisa se dedicar mais”, diz.
A lição de casa não serve apenas para dar continuidade ao aprendizado em sala de aula. Ela pode ir muito além. A criança aprende o tempo inteiro, e não só quanto está estudando. A criança aprende a ter compromissos com prazos, a se organizar para ter tempo para estudar, a buscar conhecimento em outras fontes de informação, como livros e Internet. Mauro sugere, ainda, maneiras dos pais estimularem os filhos a fazerem lição de casa.
retirado de http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer
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