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7 de novembro de 2009

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Altas Habilidades/Superdotação e o Ensino Regular

Grupo de estudo aos sábados- SEED/PR- Equipe Educação Especial


Observamos no contexto das altas habilidades/superdotação, que muitos sujeitos não se interessam pelos conteúdos tradicionalmente aplicados na escola, mas apresentam sede de aprender e produzir.




Como atender a esta demanda, onde o ensino regular não está sendo suficiente para o seu desenvolvimento?



O professor elabora o planejamento para sua aula, baseado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), no que reza o Projeto Político Pedagógico (PPP)da instituição em que leciona, também levando em conta os objetivos que deverão ser alcançados pela maioria dos alunos da turma em questão, porém é sabido que tais objetivos não serão alcançados de forma igualitária por todos os alunos da sala, pois no ensino regular estadual, as turmas não são hegemônicas, portanto inúmeras serão as flexibilidades que o professor deverá enfrentar em um único objetivo, porém sem descaractelizá-lo ( não deixa-lo nem muito aquém, nem muito além).



Numa sala/turma composta por uma clientela heterogênea, o professor poderá deparar-se com alunos com necessidades especiais devido a : dificuldades ou distúrbios de aprendizagem, deficiências, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação.



O professor deve ter a preocupação e a responsabilidade em se manter sempre informado, ir a busca de capacitação para que sua prática pedagógica seja a melhor possível, tanto para ter conhecimento e segurança no seu trabalho, como para bem atender a seus alunos.



Quando o professor se depara com um aluno com necessidades especiais de educação, deve sempre comunicar sua coordenação e demais profissionais que atendam o aluno para que, juntos, estabeleçam a forma mais adequada para a aprendizagem do mesmo.



Tratando-se de altas habilidades/superdotação, observa-se certa preocupação e insegurança dos professores, que muitas vezes sentem-se incapazes para lidar com a aprendizagem do mesmo. O professor deve ter claro que na escola ele não tem o papel de ‘”dono do saber”, ele é o orientador e o mediador da aprendizagem na construção do conhecimento, respeitando o potencial de cada aluno.



O professor deve sempre diversificar as estratégias, estimular e respeitar a variedade de opiniões, idéias, de sugestões, de níveis de conhecimento e do tempo de cada um no processo educativo; dessa forma estará propiciando a identidade da formação do conhecimento de seus alunos e os respeitando como cidadãos únicos.



Conforme foi abordado no texto, o superdotado/altas habilidades gosta de desafios, está sempre disposto e ansioso para aprender novas coisas dentro e fora da sala de aula; cabe não só ao professor, como a todos os profissionais, a escola e a família, proporcionar que esse aluno esteja em contato com a área que ele mais sente interesse ou apresente uma habilidade maior.



A princípio, pode-se oferecer o método de enriquecimento curricular.



“... a partir do momento que o professor identifica que aquela criança tem uma habilidade acima da média, uma capacidade maior em uma determinada área, esse professor vai trabalhar com a perspectiva do enriquecimento curricular. Ou seja, ele vai oferecer possibilidades para que esse aluno desenvolva aquela auto-habilidade. Oferecer mais material, oportunidades de pesquisa, trabalhar com projetos de pesquisa na área de interesse específico do aluno”., (Denise Rocha Belfort Arantes, 2006 – coordenadora do núcleo de atendimento do CAPE, artigo: Como lidar com criança superdotada? – revista: Canção Nova Notícias, 2006).



No entanto, este grupo de estudo, também acredita que esse aluno deva:



1.Frequentar tanto o ensino regular (sala comum) como o não formal (oficinas) com o objetivo de estimular todas as suas capacidades e habilidades, de oferecer oportunidade de pesquisa para seus interesses, visando oferecer um equilíbrio entre suas áreas de interesse e possibilidades de respostas;



2.Ter acesso a espaços criativos, ricos em estímulos e oportunidades de aprendizagem, respeitando-se a democracia e a liberdade;



3.Participar de programas especiais que atendam suas necessidades, pois muitos não suportam atividades decorativas e nem a rotina;



4.Ter garantido desafios voltados a criatividade e que enriquecerão seus conhecimentos, proporcionando oportunidades para a ampliação de seus horizontes pessoais e projetar objetivos maiores, desenvolvendo a independência intelectual.



5.Participar de projetos voltados ao relacionamento pessoal e emocional (necessário ser trabalhado em alguns), e de convívio com pares que apresentem os mesmos interesses, com familiares e com a sociedade em geral – viagens de pesquisa, viagens de lazer, colônias de férias, jogos, etc.









Ao participarmos do Grupo de Estudo – Professor Itinerante, oferecido neste 1° semestre pela SEED – PR, pudemos ter maiores informações a respeito da Sala de Recursos, espaço este em que o aluno terá oportunidade não só de ir em busca da sua construção de conhecimentos, como também de conviver com seus pares, com mesas idéias e potencialidades intelectuais, acompanhado e orientado por professor(es) que desenvolverá (ão) seu trabalho baseado em projetos coletivos ou individuais, dando suporte tanto científico como emocional, acreditamos ser de suma importância para a aprendizagem e vida desses alunos.



Não havendo a possibilidade da formação da sala de recursos, poderá ser propostas atividades extra-classe, de forma a oportunizar o desenvolvimento de suas potencialidades e habilidades.








2.Vocês acreditam na busca desses potenciais, que podem estar na sua escola?



Este grupo é formado por professores que apresentam duas características de atuação profissional, sendo: os que atualmente trabalham somente na Educação especial (no caso – Deficiência Intelectual Moderada) e os que trabalham um período na Educação Especial (D.I.) e no Ensino Regular.



É unânime a opinião de que a busca desses potenciais levará não somente o progresso do indivíduo como pessoa equilibrada e completa ( mesmo que as altas habilidades/superdotação estejam presentes apenas em determinada fase de sua vida), como para o avanço da civilização, quer seja na área tecnológica, biológica, de comunicação ou das artes.



Antes de qualquer coisa, como professores, somos responsáveis pela formação dos cidadãos que passam por nossas mãos, devemos SIM, e SEMPRE acreditar no potencial dos nossos alunos.



Devemos ter em mente que assim como os familiares, também fazemos parte da história de vida do nosso aluno. Quem é que não se lembra daquele professor que simplesmente “despejou” conteúdos em nossa cabeça?E daquele outro que se imiportou com o nosso fracasso? Ou que acreditou em nossas capacidades e tomadas de decisões?



Temos sempre que ter olhos para nosso alunado, verificarmos suas características, traçarmos caminhos que contemplem a maioria e criarmos pontes para aqueles que necessitam.









Referências:



1.Revista Canção Nova Notícias, 2006.



2.2. Anotações da palestra oferecida pela SEED – Professor Itinerante – Professora Simone – IEPPEP, junho de 2009.



3.Apostila oferecida pela SEED – “Altas Habilidades/Superdotação: Um desafio” – novembro de 2009.






Minha autoria

3 comentários:

krika disse...

Viviane....
IMportantíssima sua postagem. Vou ler com calma....sabe....posso falar uma coisinha? È que seu rabisquinho ficou muito pequenininho e clarinho...difícil de ler... E olha que como cenouras! E enxergo bem de pertinho( só de longe que não....)
Gostaria de sugerir pra vc aumentar a letrinha...
Ofereço-lhe o selo da campanha vamos mudar a educação. Venha pegar no linguagem

krika disse...

Ok amiga, ficoumais fácilpara ler e comento o seguinte: Trabalho com uma turma de defasados no Tempo Integral e vejo que estas orientações tb cabem a eles. Não são superdotados,mas possuem habilidades manuias,inclusive, que na sala regular não é possível observar. Acredito na educação multipla,ou seja, trabalhar desde a auto estima, até as artes para chegar na linguagem e matématica.Este é um de meus objetivos juntos aos alunos com mais dificuldades. Senti vontade de levar esta matéria para as especialistas da minha escola....
A propósito, pegue o selinho ,tá?

Elsa Filipe disse...

Olá Viviane.
Um artigo muito interessante e verdadeiro. As necessidades das crianças em cada momento devem sempre ser tomadas em conta para o seu desenvolvimento harmonioso.

 
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