Artigo - Mitos e verdades sobre a Síndrome de Down
As crianças com Down são mais boazinhas.
Não é verdade. Muitas são incentivadas a sorrir e a abraçar de forma exagerada, e se encaixam no estereótipo.
Parecem mais sinceras.
Sim. Costumam ter uma franqueza desconcertante para pessoas preocupadas com alguns códigos sociais. A censura é menor, porque são menos enquadradas.
A síndrome de Down é uma doença.
Não. As pessoas que nascem com a trissomia 21 não são doentes, elas têm SD ou são Down.
Quem nasce com síndrome de Down morre muito jovem.
Não. Cardiopatias congênitas não diagnosticadas no passado, e que afetam um em cada três bebês Down, aliadas à baixa imunidade não tratada, provocavam a morte aos 15, 16 anos. Hoje, graças à medicina moderna e a atenção dos pais, 80% dos Down passam dos 35 anos, e muitos passam dos 50.
O Down é incapaz de andar, comer e se vestir sozinho?
Não. Mas ainda há médicos que dizem isso para os pais na maternidade.
Relacionamentos de amizade, amor e sexo são possíveis?
Sim, claro. Também sentem antipatia e ódio.
Têm uma sexualidade exacerbada.
Não. Adolescentes Down gostam de sexo como qualquer adolescente. Mas, por serem mais reprimidos pela sociedade, tendem a falar mais sobre sexo, como forma de reagir à repressão e se impor.
Síndrome de Down é mais comum entre brancos?
Não. A incidência é igual entre brancos, negros e asiáticos.
Homens e mulheres com síndrome de Down podem ter filhos?
Mulheres costumam ter o aparelho reprodutor apto a ter filhos. Homens, até prova em contrário, são estéreis.
Todos os Down vão desenvolver o mal de Alzheimer?
Não. Muitos apresentam sinais de demência a partir dos 40 anos, mas não é inevitável. Estudos sugerem que o índice de demência é igual ao do resto da população, mas acontece 20 ou 30 anos mais cedo.
Fonte: Revista Época – edição nº435
Zildo Borgonovi
22 de março de 2011
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